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quinta-feira, dezembro 11, 2008

El Gran Seco.

Sobre grandes anomalias climáticas ocorridas no passado, na América do Sul, em tempos históricos, ainda falta um estudo detalhado de recuperação de documentos sobre este tema. Um relato muito interessante é do naturalista inglês Charles Darwin. Em seu diário faz menção a uma grande seca ocorrida entre 1827 e 1830, na Argentina, este período ficou conhecido como “gran seco”. Em base de relato dos habitantes ele cita que a parte norte da província de Buenos Aires e parte sul de Santa Fé, foi a mais atingida os rios da região secaram. Um grande número de animais pereceu tanto gado como animais da fauna.
Somente na província de Buenos Aires avaliou-se que um milhão de animais bovinos morreram. Na última fase do “gran seco” navios traziam animais para o consumo da população. Segundo os moradores da região, milhares de animais bovinos correram para o rio Paraná exaustos morriam atolados na lama das margens. A bifurcação do rio que passa por São Pedro ficou tão cheia de carcaças de animais que o cheiro insuportável dificultava a navegação. Também a seca aumentou a salinidade dos rios, da bacia, tornado-os venenosos o que teria contribuído para matar também muitos animais. Darwin usa as anotações do naturalista espanhol D. Felix de Azara que descreve o quadro onde manadas de cavalos que invadiam os pântanos pisoteando uns aos outros e morrendo afogados e de exaustão, Azara comenta que em uma ocasião viu cerca de mil animais mortos dessa forma.

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